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Greve dos Caminhoneiros

  • Foto do escritor: Bruno César Vieira
    Bruno César Vieira
  • 3 de mar. de 2019
  • 1 min de leitura

Só ouvi falar do caos quando estava no trem, saindo da quebrada.


No centro, vi um burburinho. Havia trânsito. Muito trânsito. Os postos de gasolina tinham filas de quebrar quarteirão, vendendo gasolina superfaturada. Os adesivos de mulheres de pernas abertas já tinham sido retirados, e as panelas estavam vazias, pois no mercado foi instituída uma cota máxima de alimentos.


Mas na quebrada... Na quebrada, o samba continuava.


Na quebrada, é normal faltar comida na mesa ou dizer que não há dinheiro para pagar a condução. Não deveria, mas é normal.


A quebrada reclama, grita e se manifesta, e ainda assim é chamada de vagabunda pelo patrão. Mas, mesmo com todas essas mazelas, o pessoal daqui tem um sentimento de comunidade e coletividade que, com todo respeito aos meus amigos citadinos, não se encontra em qualquer lugar.


A quebrada sempre sangrou. A quebrada vive em guerra civil. A quebrada é a revolução, e o que vocês chamam de caos, a gente chama de rotina.


Então, quando me perguntaram o que eu achava da greve, do dólar e do lifestyle burguês afetado, eu disse:


— Que queimem.


Quero ver o apocalipse quando o playboy descer o morro e ouvir do menino que o chá acabou.

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